Fraturas periprotéticas
A maioria desse tipo de fratura ocorre após a cirurgia por alguma queda ou acidente e acomete mais o fêmur do que o acetábulo.
Diagnóstico
O exame inicial é o raio X. Exames complementares raramente são necessários para a fratura em si.
Existem vários cenários possíveis para uma fratura periprotética: fratura fora da região que suporta o peso em uma prótese sem sinais de soltura; fratura ao redor da prótese e fratura abaixo da prótese. Para cada situação um tipo de tratamento é indicado.
Tratamento
Tratamento conservador (sem cirurgia) é uma exceção, pois só é indicado em casos de fraturas fora da área de carga, sem desvio e em que não houve comprometimento da fixação da prótese no fêmur.
Tratamento cirúrgico depende dos seguintes fatores: localização da fratura, sinais de soltura da haste ou não, e qualidade óssea. Somente com uma avaliação desses fatores e dos aspectos clínicos da saúde do paciente é possível definir um tratamento adequado. No melhor cenário, a fratura pode ser fixada sem necessidade de se trocar a prótese. Os materiais mais utilizados nesses casos são fios de cerclagem e placas com parafusos. Entretanto, pacientes com próteses que estejam soltas ou com desgaste necessitam de artroplastia de revisão associada ao tratamento da fratura do fêmur para obterem melhores resultados.
As fraturas periprotéticas do acetábulo também requerem uma avaliação cuidadosa da presença de soltura ou desgaste da prótese antes de se indicar o tratamento cirúrgico ou conservador. Quando a estabilidade do componente protético é afetada pela fratura, a cirurgia para estabilização da fratura e troca do componente acetabular costuma ser indicada.
Recuperação pós-operatória
Geralmente são cirurgias de grande porte, em que é preciso estar preparado para eventos adversos como perda de sangue e necessidade de hemotransfusão. Além disso, o cirurgião deve idealmente contar com implantes de revisão de prótese no momento da cirurgia. Isso porque mesmo que os exames não tenham demonstrado haver a necessidade de trocar a prótese, nada substitui a avaliação intraoperatória da sua estabilidade.